O Aquário Vasco da Gama vai libertar peixes de água doce em Sintra e em Monchique
O Aquário Vasco da Gama, em parceria com o MARE-ISPA, a Quercus e a Faculdade de Medicina Veterinária participa no projeto “Conservação ex situ de organismos fluviais”, com o objetivo de reproduzir e manter espécies ameaçadas de água doce da fauna e flora portuguesas, para posterior libertação.
Esta é uma forma de proteger as espécies consideradas criticamente em perigo, devido à redução das populações no meio natural, provocada por vários fatores: descargas de poluentes, ocorrência cada vez mais frequente de verões prolongados e secos, destruição da vegetação das margens e proliferação de espécies invasoras vegetais e animais.
Alguns destes peixes, reproduzidos e criados no Aquário Vasco da Gama, vão agora ser libertados no meio natural, com a autorização do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas:
• No dia 20 de Abril, serão libertados na ribeira de Colares, concelho de Sintra, 60 Escalos do Sul (Squalius pyrenaicus) criados em cativeiro e descendentes de exemplares capturados no mesmo rio. Esta é uma espécie considerada em perigo e apenas existe na península Ibérica, a sul da bacia hidrográfica do Tejo e em algumas pequenas ribeiras da região oeste.
• No dia 27 de Abril, serão libertados na ribeira de Odelouca, concelho de Monchique, 500 Bogas do Sudoeste (Iberochondrostoma almacai) criadas em cativeiro e descendentes de exemplares capturados no mesmo rio. Esta é uma espécie considerada criticamente em perigo e apenas existe em Portugal, nas bacias hidrográficas dos rios Mira e Arade.