Desde finais do séc. XVIII e inícios do séc. XIX que o liberalismo e revoluções proliferavam pela Europa e América, revelando a vontade das nações para o progresso político.
Em Portugal, o liberalismo só chegou em 1820, porém ainda existia resistência popular à mudança aliada às constantes tentativas de reverter o processo liberal por parte de D. Miguel, filho do rei D. João VI.
Aquando da morte de seu pai, seu irmão D. Pedro era ao momento imperador do Brasil e legítimo sucessor de D. João VI, por isso nomeia sua filha D. Maria da Glória como sucessora ao trono e propõe o casamento com o seu tio D. Miguel, que regressa a Portugal em 1828. Com o seu regresso, todos os partidários do absolutismo o apoiam e este desrespeita o acordado com seu irmão e é proclamado rei, absoluto.
D. Pedro, com apoio internacional, conquista a ilha Terceira e daí resiste aos ataques absolutistas até reunir os efetivos necessários para viajar para o continente, chegando a armada a 7 de julho de 1832 a Vila do Conde, desembarcando no Mindelo no dia seguinte. As tropas liberais refugiam-se no Porto, ficando cercadas até à conquista de Lisboa por outra força liberal, o que desencadeou a derrota das forças absolutistas pouco tempo depois. A paz seria assinada em Evoramonte a 26 de maio de 1834, colocando fim a 6 anos de guerra.