Muitas das atividades ligadas ao mar estão intimamente relacionadas com a ciência e com a tecnologia. A ciência está presente em toda a cartografia assim como nos instrumentos usados para posicionamento. Mas nesses casos, a ciência e tecnologia desempenham um papel “auxiliar” da náutica. No entanto, nalgumas circunstâncias, nota-se uma intervenção de oficiais de Marinha, ou dos navios em tarefas eminentemente ligadas à ciência.
A elevada formação científica dos oficiais de Marinha levou à escolha de alguns deles para o desempenho de tarefas de cariz científico. Estas tarefas tanto poderiam ser realizadas no mar, nomeadamente em termos de investigação hidrográfica ou oceanográfica, como em terra firme, em levantamentos geodésicos ou reconhecimento de territórios, ou ainda no âmbito da meteorologia ou da astronomia, por exemplo.
Esta atividade de cariz científico assumiu especial realce no Ultramar. Isto porque a melhor, e em muitos casos a única, forma de chegar às possessões ultramarinas era pela via marítima. Os oficiais de Marinha eram aqueles que melhor conheciam esses territórios, pelo facto de os frequentarem regularmente. Por esse motivo, quando se fez sentir a necessidade de conhecer os espaços, tanto terrestres como marítimos, a Marinha desempenhou um papel fundamental.