A Fábrica Nacional de Cordoaria ou Cordoaria Nacional depois do terramoto de 1 de Novembro de 1755, Marquês de Pombal ordenou que uma das oficinas do novo arsenal da Marinha fosse a cordoaria e seria dirigida por um mestre cordoeiro. Em 1775, António Baptista de Sá foi nomeado por Decreto de 29 de Julho de 1775, mestre e administrador da nova cordoaria da Junqueira, cumulativamente com as funções que já exercia na cordoaria do Arsenal da Marinha, vencendo pelos dois empregos 480 mil réis, anuais com a obrigação de «nunca poder ter fábrica de cordoaria sua, nem de interesse com qualquer outra pessoa, nem ainda trabalhar em cordagens que não fossem para o real serviço». Um outro decreto, também datado de Julho de 1775, estipula que tendo sido nomeado António Baptista de Sá mestre da cordoaria do Arsenal e da nova cordoaria de enxárcia branca e alcatroada na praia da Junqueira e do estabelecimento e administração da nova fábrica. Percebe-se pelos textos destes dois decretos que a Cordoaria da Junqueira teria começado a funcionar nesse ano de 1775, a céu aberto, nos terrenos junto à praia. Depreende-se que o primeiro administrador da nova fábrica foi António Baptista de Sá, onde permaneceu durante 27 anos, posteriormente Baptista de Sá terá escrito num requerimento que dirigiu à rainha D. Maria I, em 12 de Abril de 1798 pedia à rainha que lhe atribuísse um posto na Armada por todos os anos que dedicou com fidelidade e inteligência. D. Maria I deferiu o pedido e graduou-o no posto de 1.º tenente da Armada Real. A partir e 1924 e até 1969, a Cordoaria passou a ser dirigida por engenheiros construtores navais, o primeiro dos quais, o Capitão-tenente desta classe Silvério Coelho de Sousa Mendes.
Extinção da Fábrica Nacional de Cordoaria deu-se pelo Governo que a oficializou pelo Decreto n.º 245/92, de 30 de Outubro.
Nave da cocha
O edifício da Cordoaria é constituído por duas alas paralelas, com o comprimento de 353,3 metros e a largura de 12,27 metros, separadas por um pátio a todo o comprimento. Nos extremos destas alas existem dois corpos laterais e, a meio, um central, denominados torrões. A ala do lado sul era a oficina de cocha onde se torciam os cordões para a fabricação de cabos de diversos tipos. Ficou concluída em 17788. Na ala do lado norte, procedia-se às operações de assedagem e fiação de linho. Manufaturavam-se linhas, mealhares (Cabo delgado, branco ou alcatroado que resulta da cocha de dois ou três fios de carreta)., merlins e obras de engaio. Todo o trabalho executado nas duas oficinas era efetuado à mão ou com maquinismos movidos manualmente. Para este serviço, eram admitidos cegos, inválidos de guerra e até presos.
Área: 3.740m2
Área Útil: 3120 m2 – Comprimento 312 m – Largura 10m;
Corredor Técnico – 2 m.
Características: Espaço coberto e amplo (R/ch), edifício frontal com a AV da Índia.
Acessos: Av. da Índia (três portas centrais); Acessos aos pátios pelo interior.
Acesso a pontos de água: Pontos de água no exterior (pátios).
Pontos de luz: Iluminação interior (fraca intensidade); Tomadas trifásicas (várias); Tomadas monofásicas (várias); Possibilidade de reforço – logística e materiais da responsabilidade dos eventos.
Segurança L:A: Deteção de incêndios por detetores; Extintores de Pó-Químico e CO2; Sinalização de emergência; Sistema de intrusão; Saídas de emergência.
Acesso a wc’s: os wc encontram-se situados nos pátios exteriores (Nascente e Poente).
Apoio de cozinha: Situados nos pátios exteriores (Nascente e Poente).
Capacidade: Condicionada ao tipo de evento.
Tipo de Eventos: Jantares sentados ou volantes; Lançamentos de obras literárias; exposições de arte; etc.
Qualquer evento terá de ser sob proposta inicial e autorização superior.