Construídos nos estaleiros da CUF (Companhia União Fabril), em Lisboa, e ambos da classe “S. Roque”, o Draga-minas costeiro Lagoa (M 403) foi aumentado ao efetivo a 10 de agosto de 1956 e o Draga-minas costeiro Rosário (M 404) a 8 de fevereiro de 1957. Com o lema Homens de ferro em navios de madeira, estes navios marcaram gerações que embarcaram naquela que era considerada “escola de mar” até meados dos anos oitenta do século XX.
Projetados segundo os planos dos navios ingleses da classe “Ton”, estes Draga-minas foram concebidos para serem unidades navais versáteis, tendo participado em diversos exercícios nacionais e internacionais. A sua principal missão era proteger os canais de acesso dos grandes portos nacionais, prestando apoio em exercícios de deteção e rocega de minas, sendo posteriormente utilizados em missões de fiscalização de pesca, reboques de alvos para exercícios de tiro, e outras missões na área costeira continental.
O NRP Lagoa e NRP Rosário, ao longo do seu período operacional, participaram em exercícios navais, de âmbito nacional e internacional, em missões de busca e salvamento marítimo, tendo sido empenhados, por diversas vezes, para a realização de pequenas viagens de instrução de cadetes. Considerados uma excelente escola de marinharia, estes navios proporcionaram a muitos alunos o primeiro contacto com o mar, durante o período inicial de Escola Naval.
Representantes de uma inovação técnica relevante naquela época, contribuíram para o enquadramento operacional e tático da Marinha Portuguesa na estrutura da NATO. O Lagoa e Rosário foram abatidos ao efetivo dos navios da Armada em 19 de outubro de 1992.