A 15 de agosto de 1962, o Museu de Marinha abriu oficialmente as suas portas nas alas norte e poente do Mosteiro dos Jerónimos, junto do qual se construiu um amplo pavilhão para exposição de galeotas reais. Desde então, o Museu de Marinha tornou-se um dos mais importantes, reconhecidos e visitados museus portugueses.
Por decreto de 22 de julho em 1863, foi criado o Museu de Marinha, por iniciativa de D. Luís. O seu profundo conhecimento da realidade naval, uma vez que seguiu a carreira das armas como oficial de Marinha, permitem perceber a criação do Museu de Marinha durante o seu reinado.
Inicialmente instalado junto da Escola Naval, o Museu de Marinha rapidamente viu o volume da sua coleção crescer. Em 1948 ocorre a doação de uma extraordinária coleção, composta por mais de trezentas peças, por Henrique Maufroy de Seixas, um colecionador apaixonado pelo mar e por tudo o que com ele se relaciona. A sua doação teve consequências na localização do Museu uma vez que Henrique Maufroy de Seixas impôs, como condição, que as peças que doava deveriam ser exibidas num local com dimensão e dignidade condizentes.
Começou-se a procurar um edifício em Lisboa que permitisse receber a coleção em condições e o Estado doou um palácio para este efeito. Assim, em abril de 1949, o Museu de Marinha abriu ao público, provisoriamente, no Palácio do Conde de Farrobo, nas Laranjeiras.
A 15 de agosto de 1962 foram finalmente inauguradas as atuais instalações do Museu de Marinha no Mosteiro dos Jerónimos. Ao retratar os mais diversos aspetos do passado marítimo português, bem como as diferentes atividades ligadas ao mar, pretendemos que a visita ao Museu de Marinha possa contribuir para a formação de uma perspetiva tão ampla quanto possível de um dos mais fascinantes aspetos da história do Homem: a aventura marítima.
Na fotografia, o então Presidente da República, Almirante Américo Tomaz, descerra a lápide comemorativa. À esquerda, o Ministro da Marinha, Almirante Quintanilha de Mendonça Dias e o Subdiretor do Museu, Comandante Namorado Júnior (1962).