Tomada de Malaca, a 24 de Agosto de 1511
Malaca fica situada no sudeste asiático na Península Malaia, nas margens do estreito de Malaca. Esta posição estratégica contribuiu para que fosse um dos mais importantes centros comerciais naquela região durante o século XIV e início do XV, tendo uma rede marítima e mercantil que se estendia a leste nos mares da China, passando pelo Golfo de Bengala, Golfo Pérsico até ao Mar Vermelho.
Tomando conhecimento do seu potencial, os portugueses rapidamente tentaram estabelecer relações comerciais com Malaca. Como dizia Jorge de Albuquerque, que governou Malaca em 1514-1515: "Malaca não tem nada de seu e tem todas as coisas que há no mundo”.
A 1 de julho de 1511, Afonso de Albuquerque largou da Índia, comandando uma frota de cerca de 20 navios, tomando finalmente a cidade de Malaca em 24 de agosto seguinte. Para tal, contou com o apoio das comunidades mercantis chinesa e hindu, rivais dos Guzerates, mercadores que pressionavam o sultão de Malaca a não colaborar com os portugueses.
Durante os 130 anos em que esteve sob o domínio português, Malaca manteve a sua importância de grande centro comercial da região do sudeste asiático e, juntamente com Ormuz, Goa e Diu constituiu uma grande fonte de receita para o Estado Português da Índia. Com a criação da diocese de Malaca em 1558, foi também um centro fundamental na ação missionária na região, que se espalharia ainda mais para leste em direção a Solor, Molucas, China e Japão.
Na image, a obra «Descrição da fortaleza de Sofala e das mais da India» de António de Mariz Carneiro. (século XVII).