O Comodoro José António Croca Favinha é o novo Diretor do Museu de Marinha, sucedendo assim ao Capitão-de-mar-e-guerra João Passos Ramos, no cargo desde 2018. A cerimónia decorreu no passado dia 28 de fevereiro, pelas 11h00, na Sala Seixas, no Museu de Marinha. Esta cerimónia, foi presidida pelo Diretor da Comissão Cultural de Marinha, Contra-Almirante João Valente dos Santos.
O Comodoro José António Croca Favinha, nasceu em Lisboa a 11 de abril de 1963. Licenciou-se em Ciências Militares Navais pela Escola Naval em 1986 e o seu primeiro cargo foi na corveta N.R.P. "João Roby". Especializou-se em Comunicações e Guerra Electrónica em 1988, e foi Chefe de Serviço de Comunicações dos N.R.P. "João Roby" e N.R.P. "Corte Real". Durante a comissão a bordo da fragata participou no embargo naval da NATO à antiga Jugoslávia em 1996. Foi instrutor de Guerra Electrónica na Escola de Comunicações e tem os cursos Geral Naval de Guerra e de Promoção a Oficial General. No período compreendido entre 1997 e 1998 foi Capitão de Porto de Porto Santo e Director da Estação Radionaval de Porto Santo.
Em 1998, foi colocado no Regional Headquarters South Atlantic da NATO como oficial de Estado-maior de Guerra de Superfície e Guerra Electrónica. Comandou o N.R.P. "João Roby" entre julho de 2001 e setembro de 2003 e foi mais tarde 2º Comandante da Esquadrilha de Navios Patrulhas tendo sido em simultâneo Chefe de Estado-maior da Força Naval Portuguesa. Desempenhou o cargo de Chefe da Divisão de Operações do Comando Naval de fevereiro de 2005 até setembro de 2007. Em outubro desse ano iniciou uma comissão de 3 anos no Comando de Transformação da NATO, em Norfolk onde foi inicialmente Chefe do Branch responsável pela Coordenação do Scientific Programme of Work e mais tarde do Branch de Comando e Controlo. Assumiu o cargo de Director do CITAN em 19 de outubro de 2010, comandando a Força Naval Portuguesa no período de novembro de 2012 a outubro de 2014. Em outubro de 2016 voltou à NATO, tendo assumido o cargo de Diretor dos Planos no Comando Maritimo em Londres, onde permaneceu até julho de 2018. Exerceu os cargos de Comandante da Zona Marítima dos Açores, Chefe do Departamento Marítimo dos Açores e Comandante Regional da Polícia Marítima dos Açores no período de compreendido entre 3 de outubro de 2018 e 19 de dezembro de 2019, tendo comandado a força conjunta destacada para o auxilio á ilha das Flores na sequência da devastação provocada pelo furacão Lorenzo.
Passou à reserva em 31 de dezembro de 2019 mantendo-se na efetividade do serviço. Assumiu a direção do Museu da Marinha em 28 de fevereiro de 2020. O Comodoro Favinha foi distinguido com diversos louvores e condecorações, entre as quais a Medalha de Prata de Serviços Distintos, a Medalha de Mérito Militar de 2ª Classe e a Cruz Naval de 1ª Classe.
Durante a sua tomada de posse, referiu que é importante continuar a pensar no futuro do Museu de Marinha e, para isso, será necessário “cumprir com as exigências específicas, em termos técnicos e científicos, que permitam concluir o processo de acreditação à Rede Nacional de Museus. Referiu ainda que a “renovação da exposição permanente irá continuar” tendo como intenção “melhorar a informação disponível aos visitantes e de inovar em novas tecnologias”, sem esquecer as redes sociais e a divulgação de temáticas relacionadas com o Museu, sendo necessário “continuar a manter uma atividade continuada nas redes sociais em português e igualmente em inglês, em estreita colaboração com a CCM”. Ainda antes de terminar a sua alocução, revelou que um dos seus principais objetivos será também “manter uma relação próxima com os outros museus existentes na área de Belém / Jerónimos, de modo a potenciar iniciativas conjuntas que tornem mais atrativa esta área nobre da nossa cidade, e com os outros museus marítimos e militares nacionais de forma a contribuir para fortalecer a cultura marítima do país”.