Henrique Quirino da Fonseca nasceu a 20 de março de 1863, no Funchal, e foi um Oficial da Marinha Portuguesa, sendo referência marcante na área Militar e Cultural.
Em 1916, após a Alemanha declarar guerra a Portugal, a sua ação foi preponderante não só no apresamento dos navios alemães surtos em portos de Moçambique, mas simultaneamente nas operações de guerra na foz do Rio Rovuma, a bordo do cruzador Adamastor. Pela decisão, coragem e espírito de sacrifício foi-lhe concedida a Medalha da Cruz de Guerra de 1ª Classe, pelo seu papel durante as operações dos dias 21, 23 e 27 de maio de 1916.
Possuidor de uma notável carreira militar, foi simultaneamente na área cultural que o Comandante Quirino da Fonseca se distinguiu, nomeadamente em 1937, quando foi nomeado para Diretor do Museu de Marinha e da Biblioteca Central de Marinha.
Durante a sua vida dedicou-se à investigação náutica, à literatura naval de ficção e a narrativas históricas, sendo de destacar as seguintes obras: Obra Colonial de Afonso de Albuquerque» (1910), «A Arquitectura Naval no Tempo de Fernão de Magalhães» (1920), «Os Navios dos Descobrimentos e Conquistas» (1931), «A Caravela Portuguesa e a Originalidade Técnica das Navegações Henriquinas» (1934) ou «Contribuição Portuguesa para os Conhecimentos Geográficos» (1936).