O Peixe-de-farol (Himantolophus groenlandicus) é uma espécie rara, que vive preferencialmente entre 1000 e 2000 metros de profundidade.
Encontra-se perfeitamente adaptado à vida nos fundos abissais, sendo facilmente reconhecido, especialmente porque é uma das personagens do conhecido filme de animação “À procura de Nemo”.
Uma das suas características mais marcantes encontra-se nas fêmeas, que apresentam o único raio da primeira barbatana dorsal transformado num filamento com um órgão luminoso, em forma de bolbo, na extremidade. Este filamento, designado ilício, é utilizado à semelhança de uma cana de pesca que o peixe agita diante da boca, atraindo assim as presas com os seus movimentos e luz.
Bastante maiores que os machos, as fêmeas podem atingir 40 cm de comprimento total, enquanto os machos têm um comprimento máximo de 3,5 cm. Estes apresentam órgãos sensoriais muito desenvolvidos, com a ajuda dos quais procuram as fêmeas para se reproduzirem, fixando-se a elas através dos dentículos presentes nas mandíbulas.
As fêmeas alimentam-se de peixes, cefalópodes e crustáceos.
Têm uma distribuição geográfica vasta, podendo encontrar-se nas águas tropicais e temperadas de todos os oceanos.
Durante a sua primeira campanha oceanográfica, realizada em 1896, D. Carlos e a sua tripulação capturaram um Peixe-de-farol, numa pesca de arrasto realizada a 175 metros de profundidade, na costa da Nazaré.
O exemplar conservado em líquido encontra-se em exposição no átrio do museu, sendo um dos exemplares mais apreciados pelos visitantes.