Em 1821 foi proposto pelo Chefe de Esquadra, Almirante Garcez Palha, ao Rei D. João VI, a construção de uma nova fragata. Esta proposta viria a ser aprovada 3 anos depois, sendo o financiamento suportado pelos rendimentos do tabaco e alguns subsídios do governo de Macau.
O seu desenho foi inspirado noutra fragata portuguesa “Duquesa de Bragança” muito apreciada e elogiada pela Marinha Imperial Britânica, então no apogeu do poder e do prestígio, e que a copiou construindo alguns navios iguais. Os estaleiros de Damão foram os escolhidos pelo facto de a mão-de-obra ali ser mais barata e porque, num enclave que lhe ficava próximo (Nagar Aveli), existia uma extensa floresta de árvores de teca, madeira excecional para a construção de navios.
O navio aparelha em galera com 4 mastros, de vante para ré: o gurupés, o traquete, o grande e a mezena que, no caso da galera, é designado por “gata” por envergar pano redondo, como nos outros mastros principais.
Em termos de armamento e como fragata o navio foi construído para ser equipado com 50 peças, 28 na bateria e 22 no convés. No entanto nunca andou armado como fragata propriamente dita, sendo o armamento em número inferior e adaptado a cada missão. De referir que durante a sua vida operacional este navio nunca chegou a travar qualquer combate.