Plâncton no Aquário
Dois terços do nosso planeta são constituídos por água, um recurso precioso e indispensável à nossa sobrevivência. Desta grande quantidade, apenas 0.008% é água potável. O Dia Mundial da Água foi criado com o objetivo de gerar a consciencialização sobre a importância deste recurso, o seu uso sustentável e a urgente necessidade de o preservar. Infelizmente, grande parte desta água apresenta-se contaminada, ou em risco de se tornar imprópria para o consumo humano. Existem várias medidas de monitorização e controlo da poluição dos recursos aquáticos e as comunidades de plâncton, por serem bastante sensíveis a mudanças de ambiente, funcionam como bons indicadores da qualidade da água.
O Serviço de Química e Plâncton do Aquário Vasco da Gama analisa os parâmetros físico-químicos da água dos aquários, sendo também responsável pela produção de grandes quantidades de plâncton (zooplâncton ou plâncton animal e fitoplâncton ou plâncton vegetal).
São cultivadas duas espécies de zooplâncton, um rotífero e um crustáceo conhecido pelo nome de artemia. Quanto ao fitoplâncton, mantêm-se stocks de várias espécies de microalgas, cinco de água doce e cinco de água salgada. Atualmente a produção em grandes quantidades contempla três espécies de microalgas de água salgada. Em média, a produção de plâncton ultrapassa os 1700 litros mensalmente e, destes, mais de 900 litros são de fitoplâncton.
O plâncton produzido é utilizado principalmente para alimentação dos animais da exposição viva. Para além desta função, o Aquário Vasco da Gama cede uma pequena parte da sua produção a instituições de ensino e de investigação científica. De referir a colaboração no âmbito de um projeto da Quercus em 2014 e vários projetos de investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Instituto Politécnico de Leiria e muitos outros.