Desde finais do séc. XIX que diversos países procuravam desenvolver meios mais eficazes de guerra submarina, sendo que em Portugal a primeira iniciativa do género coube ao primeiro-tenente Fontes Pereira de Mello, que apresentou ao Governo em 1890 um projeto da sua autoria, que foi avaliado. Já em 1905, outro projeto foi apresentado pelo primeiro-tenente Valente da Cruz, mas foi desconsiderado visto acreditar-se que seria mais prático a aquisição no estrangeiro.
Com o progressivo interesse nacional na arma submarina, patente na proposta apresentada em assembleia geral do Clube Militar Naval para que fosse feita pressão junto do Governo para a aquisição de submersíveis, este acabou por ceder mesmo com alguma oposição e decidiu encomendar à firma italiana Fiat San Giorgio o primeiro submersível português em 1910.
Batizado como Espadarte, foi lançado à água a 5 de outubro de 1912 no estaleiro em Livorno, com a presença da missão naval que acompanhou a sua construção assim como a sua futura guarnição. Após a sua entrega oficial um ano depois, realizou-se a sua viagem para Lisboa, sofrendo várias avarias que obrigaram a inúmeras paragens e escalas. Com a entrada de Portugal na Grande Guerra, o Espadarte efetuou patrulhas na barra de Lisboa, às quais se juntaram mais três submersíveis, que formaram a 1.ª esquadrilha. Sucessivas avarias e degradação do Espadarte levaram à decisão para o seu abate, realizando-se a cerimónia do seu abate a 31 de maio de 1928.