Desde finais do séc. XVIII e inícios do séc. XIX que o liberalismo e revoluções proliferavam pela Europa e América, revelando a vontade das nações para o progresso político. Em Portugal, o liberalismo só chegou em 1820, porém a resistência popular e os atos de D. Miguel levaram ao início da guerra civil.
D. Pedro, com apoio internacional, conquista a ilha Terceira e daí resiste aos ataques absolutistas até reunir os efetivos necessários para viajar para o continente, chegando a armada a 7 de julho de 1832 a Vila do Conde, desembarcando no Mindelo no dia seguinte. As tropas liberais refugiam-se no Porto, ficando aí cercadas. Estando num impasse, a esquadra liberal comandada por Sartorius deslocou-se para sul rumo a Lisboa com o objetivo de bloquear a cidade, pelo que D. Miguel respondeu com o envio de uma esquadra - composta por uma nau, uma fragata, duas corvetas, três brigues e um vapor, comandados por Pereira de Campos -, que largou de Lisboa a 10 de setembro de 1832.
Após a visita pessoal de D. Miguel à armada, esta partiu rumo a norte. Desde o dia 11 que Sartorius procurou sempre distanciar-se da frota miguelista deslocando-se sempre a norte desta furtando-se ao combate, mas após algumas manobras na costa da Galiza as duas frotas viriam a confrontar-se na madrugada de 11 de outubro, registando-se bastantes danos de ambas as partes. A frota liberal acabaria por se afastar, considerando-se os miguelistas vitoriosos. Cada frota seguiu para o seu porto para reparações e até ao final do ano de 1832 não se registou qualquer confronto naval de relevo. A paz só seria assinada em Evoramonte a 26 de maio de 1834, colocando fim a 6 anos de guerra.