Após uma série de derrotas e perdas territoriais na Europa, o Império Otomano decidiu, em 1715, invadir algumas ilhas no Mar Egeu pertencentes a Veneza. No entanto, esta, sozinha, não conseguia enfrentar a armada otomana, reforçada pelos seus aliados egípcios e barbarescos, pelo que pediram auxílio ao Imperador da Áustria e ao Papa Clemente XI, sendo que este último apelou à França, Espanha e Portugal por apoio.
Destes, apenas D. João V respondeu ao pedido de auxílio, organizando-se uma esquadra que partiu a julho de 1716 de Lisboa rumo ao Mediterrâneo, mas um conjunto de eventos fez com que nesse ano não se desenrolassem operações de relevo.
No ano seguinte, novamente por apelo do Papa Clemente XI, Portugal preparou uma nova armada composta por sete naus de guerra, dois brulotes e dois navios auxiliares, comportando um total de 526 bocas de fogo e 3840 homens. Novamente sob o comando do conde do Rio Grande, partiu de Lisboa a abril de 1717 novamente para o Mediterrâneo, onde se juntou às restantes forças cristãs. As duas armadas viriam a defrontar-se na manhã do dia 19 de julho junto ao cabo de Matapão, onde após um conjunto de manobras, a retaguarda cristã onde se encontrava a esquadra portuguesa tornou-se o ponto central da batalha, que por três horas combateu os navios otomanos e infligiu pesados danos. Uma mudança de ventos devolveu a vantagem aos cristãos pelo que os otomanos decidiram retirar-se, com um elevado número de baixas e danos.
Os navios portugueses, que também sofreram alguns danos, decidiram não perseguir o inimigo e deu-se por finda a batalha, reagrupando-se a armada em Corfu. Após uma paragem em Messina para reparações, a armada portuguesa partiu em outubro rumo a Lisboa, chegando ao seu destino a 6 de novembro de 1717.