Desconhece-se de quem terá partido a iniciativa para o ataque a Tânger de 1437, debatendo os historiadores se terá sido o monarca D. Duarte ou seu irmão o Infante D. Henrique, remontando as primeiras evidências históricas da preparação deste projeto a abril de 1436, que contou com a oposição dos infantes D. João e D. Pedro, apoiados por outros membros da nobreza e povo.
Como preparação para a expedição, o monarca moveu-se diplomaticamente assegurando o apoio do Papado na expansão para o norte de África, o que levou a várias contestações por parte dos castelhanos, mas sem resultado algum e implementou taxações específicas para o seu financiamento.
Entre abril e maio os preparativos estavam no seu auge, reunindo-se homens, armas e navios de transporte em Lisboa na presença de D. Duarte e reunindo-se também tropas em Ceuta para apoio terrestre ao ataque. Apesar da partida prevista para o mês de julho, só partiria a armada a 22 de agosto de 1437, composta por menos de 10 mil homens e sendo o infante D. Henrique o chefe da expedição, mas munido de um regimento e diversos conselhos da autoria de D. Duarte a respeito dos objetivos e procedimentos militares a serem executados.
No entanto, os efetivos que conseguiram embarcaram em Lisboa eram insuficientes para a conquista da praça, o que conjugado com o desrespeito do infante pelo regimento e conselhos que D. Duarte definiu para as operações e ainda outros fatores, ditaram o seu fracasso e pesadas consequências para Portugal.