Aqui ficamos a conhecer a história das "Campanhas do Bacalhau". A pesca do bacalhau remonta ao fim do século XV e confunde-se com as primeiras expedições dos navegadores portugueses à Terra Nova.
O século XX é o tema central desta sala, destacando-se o "Gazela Primeiro" como um dos poucos modelos anteriores a este período. Aqui, através dos grandes bacalhoeiros como o "Argus" e os seus navios irmãos, "Creoula" e "Santa Maria Manuela", conta-se a aventura da pesca à linha. Os arrastões, ainda hoje presentes nos mares do Norte, também se encontram representados, caso do "João Corte Real".
Pescadores-marinheiros, os homens do bacalhau passavam grande parte do ano fora. Partindo de Lisboa no fim de Março, um veleiro seguia para os bancos da Terra Nova, Nova Escócia e St. Pierre et Miquelon, onde pescava, se o clima permitisse, até ao final de Maio. Nesta altura, tornava-se necessário o reabastecimento de isco fresco, mantimentos, combustível e aguada. Então rumava para a Gronelândia onde, em meados de Junho, retomava a faina. Um bom ano poderia representar cerca de 800 toneladas de captura.
Sector com enorme carga simbólica, a pesca do bacalhau assiste, na década de trinta, a uma profunda reorganização encetada pelo Estado Novo. A nova estratégia atinge não só as pescas e os pescadores, como outras atividades periféricas.
A capela que se encontrava instalada no navio-apoio "Gil Eannes" tornou-se em 1993, parte integrante da exposição permanente, tendo sido alvo de cuidadoso restauro.