Após a descoberta do caminho marítimo para a Índia, D. Manuel consolidou a presença portuguesa no oriente com o envio de novas esquadras tal como a que partiu, em 1501, comandada pelo galego João da Nova.
Pese embora João da Nova tenha fundado a feitoria de Cananor e derrotado a esquadra de Calecute, a descoberta o Arquipélago de Santa Helena, constituído pela ilha de Santa Helena e Ascensão, marca o seu legado na História.
No dia 22 de maio de 1502, na viagem de regresso da Índia, o navegador galego avistou nos mares da África Ocidental uma pequena ilha deserta que denominou de Sancta Helena.
Situada a 1950 quilómetros da costa africana e com 122 km², esta ilha tornou-se um ponto estratégico e de escala obrigatória na volta do oceano índico devido à qualidade da aguada e pelos seus bos aires, fructas e carnes que nella acham, conforme descrito pelo próprio João da Nova.
A navegação em redor desta ilha passou a ser frequente e protagonizada por diversas nações europeias o que impossibilitou a sua colonização. Os vestígios da presença portuguesa fazem-se representar por uma pequena capela, pela criação de cultivos, fruto da fertilidade das terras e pela introdução de gado caprino.
A ilha de Santa Helena só foi habitada permanentemente no ano de 1515 por Fernão Lopes, soldado português que lá permaneceu durante 30 anos.