No passado 23 de junho realizaram-se as cerimónias comemorativas do décimo primeiro aniversário do Dia da Marinha do Tejo 2018 com partida do Cais da Moita. A associação da Marinha do Tejo contou com o apoio da Marinha e da Câmara Municipal da Moita, entre outras entidades patrocinadoras.
O evento foi presidido pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante António Maria Mendes Calado, e contou também com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Moita, Rui Manuel Marques Garcia, e do Presidente da Direção da Associação dos Proprietários e Arrais das Embarcações Típicas do Tejo (APAETT). Estiveram ainda presentes diversos oficiais generais entre os quais Almirantes Ex-Chefes do Estado-Maior da Armada, proprietários, arrais e tripulações e familiares bem como diversos convidados.
Após assinatura do Livro de Registos da Marinha do Tejo pelos proprietários e arrais das 85 embarcações da Marinha do Tejo seguiu-se a cerimónia de doação da embarcação Catraio típica do tejo designada “Pé-Leve”, construída em 1900 pelo seu proprietário Sr. João Fortuna dos Santos ao Museu de Marinha, representado pelo seu diretor, Capitão-de-mar-e-guerra João Passos Ramos.
Seguiu-se o embarque das tripulações e dos convidados nas embarcações da Marinha do Tejo que rumaram do Cais da Moita, em desfile, até à Base Naval de Lisboa (Alfeite), onde teve lugar um convívio entre tripulantes e convidados e uma visita a unidades da Base Naval pelos proprietários, arrais e tripulações, durante a tarde.
Esta associação surgiu em 2008, na sequência de um despacho do Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar que determina a realização de um conjunto de iniciativas que contribuam para preservar o significado histórico-cultural da Marinha do Tejo e dinamizar a sua ação, entre as quais a constituição de um polo vivo do Museu da Marinha. A Marinha do Tejo é o nome pelo qual ficaram conhecidas as embarcações e a comunidade de marítimos das zonas ribeirinhas que tiveram um papel relevante na defesa do país, contribuindo de forma determinante para a proteção da cidade de Lisboa no início do século XIX, especialmente por ocasião da terceira invasão francesa.