Construída no Arsenal do Alfeite, a Lancha de Fiscalização Grande NRP Oríon (P 362), da classe “Argos”, foi aumentada ao efetivo dos navios da Armada em 24 de outubro de 1964. Esta tipologia de navio era caracterizada pela sua polivalência, uma vez que permitia a atuação em águas interiores, costeiras e, ocasionalmente, oceânicas.
A Lancha de Fiscalização Grande Oríon largou para a Guiné a 1 de dezembro de 1964 tendo sido, inicialmente, atribuída ao Comando da Defesa Marítima da Guiné. A área geográfica local tinha características hidrográficas muito particulares, por ser transversalmente atravessada por diversos rios navegáveis.
As suas principais missões consistiram na patrulha e navegação desses cursos de água e das suas respetivas bacias fluviais, tendo por base Bissau. Durante o período em que esteve na Guiné participou em variadas missões complexas que tomaram parte naquele território: apoio a operações de fuzileiros, com destaque para a operação “Mar Verde” em novembro de 1970; transportes logísticos e escoltas a comboios fluviais.
A 4 de outubro de 1975, segundo a portaria n.º 587/75, foi ordenado oficialmente o abate ao efetivo dos navios da Armada da Lancha de Fiscalização Grande Oríon, que se viria a realizar a 30 de outubro. Segundo fontes posteriores a 1976, mais concretamente as edições Jane’s Fighting Ships, o navio ainda terá navegado com a bandeira da República Popular de Angola durante alguns anos.