No dia 14 de julho de 1882, chegava a Portugal o primeiro torpedeiro da Marinha Portuguesa, o “Espadarte” que, mais tarde, juntamente com mais três navios da sua classe, formariam a 1ª esquadrilha de torpedeiros da Marinha Portuguesa, passando a chamar-se Torpedeiro Nº1.
Uma das novas armas desenvolvidas no final no final do século XIX é o torpedo automóvel, pelo que surge a necessidade de um tipo de navio especificamente preparado para o seu uso, o torpedeiro. As suas reduzidas dimensões e o facto de estes serem dotados de uma grande versatilidade e poder de manobra, vão fazer com que o Governo português olhe para este tipo de navio como forma de dar resposta a uma velha necessidade estratégica: a defesa da costa e, nomeadamente, a proteção de Lisboa e barra do Tejo contra eventuais ataques ou bloqueios navais.
O primeiro torpedeiro da Marinha Portuguesa foi encomendado ao estaleiro inglês Yarrow, em 1881 e chegou ao rio Tejo, no ano seguinte, no dia 14 de julho de 1882. Batizado de “Espadarte”, navegou durante mais de trinta anos, arvorando a bandeira da Monarquia e, mais tarde, da República. Este pequeno navio que acabou por ser mais uma escola de treino e preparação do pessoal do que uma unidade de combate, foi rebatizado de “Nº1”, integrando a 1ª Esquadrilha de Torpedeiros, juntamente com três navios da sua classe, em 1887.
Iniciou-se assim a longa atividade de navios torpedeiros na Armada Portuguesa. Mais tarde, este acabaria por dar o nome – “Espadarte” - ao primeiro submersível da Armada Portuguesa, encomendado em 1910 e com a chegada ao tejo no dia 5 de agosto de 1913.