A chegada de Vasco da Gama e a sua esquadra a Calecute, a 20 de maio de 1498, significou o concretizar de um projeto há muito ambicionado pela Coroa Portuguesa.
D. Manuel I, rei de Portugal, confiou a Vasco da Gama o cargo de capitão-mor da frota que num sábado, a 8 de julho de 1497, largou de Belém em demanda da Índia. A expedição partiu de Lisboa, seguindo a rota já experimentada pelos anteriores exploradores ao longo da costa de África, através de Tenerife e do Arquipélago de Cabo Verde.
A esquadra era composta por quatro navios – as naus São Gabriel, comandada por Vasco da Gama, e São Rafael, comandada por seu irmão, Paulo da Gama, a caravela Bérrio e uma nau de mantimentos. Após fazer aguada nas Ilhas de Cabo Verde, rumou para sueste em direção à Serra Leoa, virou de bordo para sudoeste, descrevendo um arco pronunciado ao longo do Atlântico Sul, regressando para junto da costa africana, na latitude aproximada do Cabo da Boa Esperança. O continente africano foi avistado após mais de três meses de navegação e a 7 de novembro fundearam em Angra de Santa Helena. Ultrapassaram o Cabo da Boa Esperança a 22 desse mês e fundearam num local que designaram por Angra de São Brás.
A esquadra continuou a navegar, seguindo para Norte ao longo da costa oriental africana e, depois de escalarem em Quelimane (Moçambique) e Mombaça, foi em Melinde que conseguiram um piloto local que conduziu os navios até Calecute, onde chegaram a 20 de maio de 1498. Estava finalmente descoberto o Caminho Marítimo para a Índia, dando-se início à presença portuguesa no Oriente.
Em homenagem a Vasco da Gama e à descoberta do caminho marítimo para a Índia, é também nesta data, 20 de maio, que anualmente se celebra o dia da Marinha Portuguesa.