Contruída em ferro com forro de madeira e zinco nos estaleiros “The Thames Iron Works”, em Blackwall, Inglaterra, a Corveta-mista Afonso de Albuquerque foi lançada à água a 9 de julho de 1884. Representou uma importante inovação em Portugal, já que foi o primeiro navio português a dispor de instalação elétrica.
Prestou serviço no Ultramar em 1884, quando largou para a Divisão Naval de Angola. Em 1886 largou de Lisboa para Moçambique, participando nas operações de ocupação da baía de Tungue, tendo regressado à capital em 1887. Em 1888, numa altura de tensão e potencial conflito em Moçambique, parte para a Divisão Naval Oriental e Mar da Índia.
Depois do regresso a Lisboa em 1891, seguido de um período onde efetuou grandes fabricos, largou para o Brasil em 1893 para dar proteção à Corveta Mindelo durante o período de agitação política que ali ocorreu em 1894. Os dois navios portugueses acolheram centenas de refugiados, devido a uma revolta chefiada pelo Almirante Custódio de Melo, tendo posteriormente sido transportados para a Bacia do rio da Prata.
Em 1895 voltou a Moçambique e, em 1896, seguiu para Inglaterra para realizar fabricos. No final desses, ainda retornou novamente a Moçambique, regressando a Lisboa em 1901. Em 1902 largou para servir na Divisão Naval de Angola, sendo esta a sua última comissão. Em 1907 foi mandada desarmar, e em 24 de Agosto de 1909 foi abatida ao efetivo dos navios da Armada, sendo depois vendida a 18 de fevereiro de 1912.