No dia 5 de maio de 1898 era lançado à água o Cruzador D. Carlos I, considerado a melhor e mais poderosa unidade naval adquirida pela Marinha Portuguesa à época, tendo sido, durante a I Guerra Mundial, o navio-almirante da esquadra portuguesa.
Este navio foi construído em Newcastle on Tyne, nos estaleiros navais da Casa Amstrong, no Reino Unido, tendo sido lançado à água no dia 5 de maio de 1898. Após o lançamento, a sua guarnição partiu no navio Pêro de Alenquer rumo à Escócia, onde chegou no dia 21 de junho de 1899, um pouco antes do navio passar ao estado de armamento completo, em dia 8 de julho de 1899.
O cruzador chega a Lisboa no dia 20 de julho de 1889 onde iniciaria a sua vida operacional. Teve como primeiro comandante o Capitão-de-mar-e-guerra Hermenegildo Capelo, importante figura da história da Marinha Portuguesa. Foi visitado pela Família Real no dia 17 de janeiro e, mais tarde, em abril de 1900, largou da Madeira para o Brasil, onde participou no 4ª Centenário da Descoberta do Brasil, tendo mesmo recebido o Presidente da República Brasileiro a bordo.
Para além das visitas oficiais e das missões cerimoniais, foi o navio escolhido para realizar as primeiras experiências radiotelegráficas efetuadas em Portugal, ostentando, durante a I Guerra Mundial a bandeira de navio-almirante da esquadra portuguesa. Ainda em 1910, antes da Implantação da República, voltou a efetuar experiências de TSF até que, no dia 4 de outubro de 1910, enquanto se encontrava fundeado no Tejo, com a bandeira nacional içada, alheio aos acontecimentos que iam tendo lugar, acabou por ser tomado por um grupo de revolucionários, chefiados pelo 2TEN José Carlos da Maia, durante a noite.
Após a Implantação da República, o cruzador D. Carlos I foi batizado de Almirante Reis, em homenagem ao principal dirigente militar da revolução.