Construída nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, a Lancha de Fiscalização Grande Dragão (P374) foi aumentada ao efetivo dos navios da Armada a 17 de julho de 1963. Foi a segunda de dez unidades da classe Argos, todas batizadas com o nome de constelações.
Na sequência da Guerra do Ultramar, as lanchas desta classe foram enviadas para África, tendo sido utilizadas em operações militares. Chegou a Bissau no dia 19 de outubro de 1963, onde permaneceu um ano. A 19 de outubro de 1964, partiu com destino a Moçambique e, após uma paragem de cerca de 3 meses no porto de Luanda e com escalas em Moçamedes, Capetown e Durban, entra em Lourenço de Marques a 23 de fevereiro de 1965. Permaneceu em Moçambique, tendo navegado na região da Beira e na costa norte até 14 de junho de 1969, data da sua saída com destino à Guiné.
Chega à Guiné a 25 de julho de 1969, depois de ter escalado em Durban, Port Elizabeth, Capetown, Walvis Bay, Moçamedes, Luanda e Ana Chaves. Entre 17 e 27 de novembro de 1970 integrou a TG.27.2 (Task Group), comandada pelo Primeiro-tenente Duque Martinho, juntamente com as LFG Cassiopeia, Hidra e Orion e as LDG Montante e Bombarda, tendo garantido o transporte e proteção dos grupos de combate empenhados na operação “Mar Verde”.
A 8 de setembro de 1974 saiu de Bissau para S. Vicente, ficando atribuída ao Comandando Naval de Cabo Verde. A 3 de dezembro largou do porto de Mindelo para Luanda, navegando na companhia das LDG Alfange e Ariete, comboiadas pela corveta António Eanes e pelo navio-balizador Schultz Xavier, onde chegou a 23 de dezembro de 1974. Foi abatida ao efetivo dos navios da Armada a 28 de maio de 1975.
Imagem:
Lancha de Fiscalização Grande Dragão (1963-1975); Fotografias da BCM - Arquivo Histórico: Cx. 306; ficha 8