A 16 de agosto de 1533 morre Diogo Ribeiro, cartógrafo e cosmógrafo, um dos mais notáveis mestres destes ofícios da Península Ibérica nos princípios do século XVI. Para além das cartas de marear e instrumentos náuticos, também ocupou a funções de Cosmógrafo da Casa de La Contratación, do Reino Espanhol.
Desconhece-se a sua data de nascimento e, embora com nacionalidade portuguesa, exerceu a sua atividade profissional em terras de Espanha, onde terá adquirido experiência. A primeira referência à sua qualidade de cosmógrafo está inserida na carta de 18 de julho de 1519 que o feitor de Portugal em Sevilha envia a D. Manuel, na qual refere que foi Diogo Ribeiro que fez as cartas de marear e instrumentos náuticos para a viagem de Fernão de Magalhães.
Para além das suas ações pelo reino espanhol, Diogo Ribeiro também ficou ligado à projeção de umas bombas metálicas para retirar a água dos navios que fossem mais eficazes que as utilizadas até então. Em 1533, dois meses após a sua morte, começaram a ser adotadas as bombas metálicas.
Da vasta obra de Diogo Ribeiro foram-lhe atribuídas cinco cartas, sendo que a sua evolução atesta a sua competência como cartógrafo e o seu rigor científico como cosmógrafo. Para além dos sucessivos planisférios, acompanhados de quadros sucessivamente melhorados, instrumentos náuticos e regras cosmográficas, que se traduziram em importantes inovações para a época.