JOão António de Azevedo Coutinho Fragoso de Sequeira nasceu em Alter do Chão em 3 de fevereiro de 1865. Distinto Oficial de Marinha, político e administrador colonial, considerado herói por colocar os seus valores ao dispor de uma causa maior, servir a pátria.
Abraçou a carreira das armas em 1880 e assentou praça em Cavalaria 4 ao mesmo tempo que entrava na Escola Politécnica. Entraria na Escola Naval dois anos mais tarde e seria promovido a Guarda-Marinha em 1884. Em fevereiro de 1885 Azevedo Coutinho partiria para a sua primeira comissão em Moçambique, cumprindo o seu tirocínio obrigatório de três anos na Divisão Naval da Índia, onde comandou os iates Tungué e Lúrio e o vapor Auxiliar, distinguindo-se pela bravura e capacidade de comando de tropas.
Foram 17 anos de serviços prestados a Moçambique, pacificando, combatendo a escravatura e contribuindo para a prosperidade da região. Mas não findara a saga de João Coutinho, como ficou conhecido pelas terras da Zambézia, restava-lhe ainda assumir o difícil cargo de Governador-geral da Província o que veio a acontecer em 20 de fevereiro de 1905. Regulamentou a navegação de cabotagem e de longo curso, mandou construir duas enfermarias e dez postos sanitários, iniciou a construção do Caminho-de-ferro da Suazilândia, fez entrar em vigor o sistema métrico decimal, elaborou um plano de balizagem da costa, mas da sua primeira linha de preocupações nunca saíram os problemas da pacificação do território.
Passou à reforma no posto de Capitão-de-Fragata em 1910 por imposição do novo regime. Fez-se no entanto justiça quando, mais tarde, foi reintegrado na Armada com o posto de Vice-Almirante honorário.