Mário Lyster Franco nasceu a 19 de fevereiro de 1902, em Faro, e ficou conhecido por ter sido um dos grandes defensores dos valores e tradições Algarvias.
Filho de Carlos Lyster Franco, também ele pintor, e Maria das Dores Dias Barbosa, formou-se em Direito e, durante toda a sua vida, destacou-se nas mais diversas áreas, tendo sido escritor, jornalista e pintor, para além de, em simultâneo, ter sido um permanente defensor dos valores e tradições algarvias, divulgando por Portugal e além-fronteiras a história e cultura daquela região.
Como escritor, publicou inúmeros títulos entre revistas e obras, com o seu foco a incidir maioritariamente na história e cultura do Algarve. Como jornalista, foi redator em diversos jornais, destacando-se nesta área por ter sido um dos primeiros jornalistas portugueses a fazer uma reportagem sobre a Guerra Civil Espanhola.
Dedicou-se ainda à área da Pintura, paixão herdada do pai, área de interesse que o levou a ajudar no restauro de pinturas que viriam a fazer parte do espólio do Museu Marítimo Almirante Ramalho Ortigão. Contribuiu ainda para o enriquecimento da coleção deste com a doação de duas telas da sua autoria.
O importante trabalho que vinha a ser desenvolvido na defesa dos interesses do Algarve, levou a que o mesmo, ainda durante o Estado Novo, fosse nomeado presidente da Câmara Municipal de Faro entre 1932-1934 e 1937-1939. Todo o trabalho desenvolvido ao longo da sua vida, levou a que tivesse sido agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Cristo, tendo igualmente recebido o grau de Comendador da Ordem de Mérito Civil de Espanha.
Atualmente, tem a si dedicada uma das salas do Museu Marítimo Almirante Ramalho Ortigão, (“Sala Lyster Franco”), localizado em Faro, no Departamento Marítimo do Sul, entre tantas outras homenagens em seu nome.