Luís António Magalhães Corrêa nasceu em Lisboa a 30 de junho de 1873. Oficial de Marinha, autor de um importante programa de aquisição de meios navais, bem como de qualificação de pessoal, naquele que viria a ser conhecido como o “Plano Magalhães Corrêa”.
Iniciou os seus estudos secundários no Colégio Militar, tendo seguido como voluntário para o Regimento de Caçadores nº 9. Porém, em 1887 solicitou transferência para a Armada, onde foi incorporado como aspirante de 2ª classe para iniciar o curso na Escola Naval.
Nos primeiros anos da sua carreira naval desempenhou missões de âmbito internacional, que lhe possibilitaram uma aproximação com as relações externas e diplomáticas que viriam a marcar a sua vida como militar. Para além disso, comandou diversos navios como a canhoneira Pátria, os contratorpedeiros Tejo e Tâmega e o cruzador-couraçado Vasco da Gama, entre outros. Em 1929, no posto de Capitão-de-mar-e-guerra, foi nomeado para o cargo de ministro da Marinha, num momento particularmente difícil, dada a crise económica e a instabilidade política que se vivia.
Nesse período deu-se o arranque do Plano Naval, através do decreto 18633 de 17 de julho de 1930, que se pretendia fosse a génese de um novo ressurgimento naval, prevendo-se a formação de duas forças, o que implicava o reequipamento da Armada: uma para defesa do espaço atlântico, definido pelo continente e ilhas, e outra para defesa do território ultramarino. Em 1932 cessou as funções de ministro para assumir o cargo de Chefe do Estado-Maior Naval. Embora o projeto inicial não tenha sido completamente concretizado, de acordo com o inicialmente previsto, esta reforma marcou uma revolução tecnológica na Marinha Portuguesa a vários níveis.
Magalhães Corrêa faleceu em Lisboa a 29 de setembro de 1960, sendo a sua carreira militar marcada por diversos momentos que marcaram a própria história da Marinha Portuguesa durante o século XX, pelo que o seu nome foi atribuído a uma fragata da Classe “Almirante Pereira da Silva”, em 1968, em sua homenagem.