Construídas nos estaleiros da Empresa Bazan de Construcciones Navales Militares, em Cartagena, Espanha, a corveta Baptista de Andrade foi aumentada ao efetivo dos navios da Armada no dia 19 de novembro de 1974. Deu nome à sua classe, constituída igualmente pelas corvetas João Roby, Afonso Cerqueira e Oliveira e Carmo.
Esta classe seria uma modificação e aperfeiçoamento da classe “João Coutinho”, de projeto português. Tal como essa classe, também foi desenhada para operar nos territórios ultramarinos, no âmbito da Guerra Colonial. No entanto, a sua entrada ao serviço coincidiu com o fim do conflito. Largou de Lisboa para Cabo Verde a 3 de março de 1975 para a sua primeira comissão e regressou na data da independência daquele território, a 5 de julho do mesmo ano, juntamente com a fragata Comandante Roberto Ivens, corveta Augusto Castilho e lancha de desembarque grande Bombarda.
Após estes acontecimentos, foi redefinida uma nova estratégia para a sua utilização, tendo desempenhado as mais variadas missões, nomeadamente a fiscalização da costa, comissões nos Arquipélagos dos Açores e Madeira, exercícios navais, viagens de instrução e outras. Durante uma viagem de instrução de cadetes, em janeiro de 1980, apoiou as populações da ilha Terceira e S. Jorge, devido a um sismo que ocorreu no grupo central açoriano.
É de destacar a sua participação na operação “Sharp Vigilance” no mar Adriático, em setembro de 1992, onde integrou as forças navais da União Europeia, e também a participação na operação “Cruzeiro do Sul”, no final desse ano, tendo permanecido no Atlântico Sul por dois meses, devido a agitações internas na cidade de Luanda, Angola. O NRP Baptista de Andrade foi abatido ao efetivo dos navios da Armada a 31 de janeiro de 2019.