No dia 11 de maio de 1949, era aumentado ao efetivo da Armada o NRP Nuno Tristão (F 332), fragata da classe “Diogo Gomes”, que teve um papel fundamental na Guiné, durante a Guerra do Ultramar.
Construída nos estaleiros Charles Hill & Sons, Ltd, em Bristol, Inglaterra, esta fragata foi lançada à água no dia 16 de junho de 1943, sendo batizada de HMS Avon, pertencente à classe “River”. Depois da II Grande Guerra, foi adquirida pelo Governo Português. Aumentada ao efetivo da Armada, no dia 11 de maio de 1949, a sua receção solene decorreu no porto inglês de Plymouth.
Entrou em Lisboa no dia 31 de maio de 1949, juntamente com a fragata Diogo Gomes, nome da classe de que ambas faziam parte. Iniciou a sua atividade operacional em julho do mesmo ano, aquando da realização de uma viagem de instrução de cadetes da Marinha Portuguesa aos Açores e Madeira, realizando depois os mais diversos exercícios e missões.
Esta fragata, que foi um dos primeiros meios navais portugueses a estarem preparados para receber helicópteros a bordo, teve um papel fundamental durante a Guerra do Ultramar, realizando diversas comissões entre outubro de 1962 e março de 1964, em todas as áreas de soberania portuguesa na costa ocidental de África. Destaca-se o seu papel decisivo na “Operação Tridente”, em janeiro de 1964, nas águas da Guiné, tendo este navio servido de posto de comando às forças portugueses, fazendo fogo sobre o inimigo enquanto este tentava ocupar a Ilha de Como.
Em 12 de janeiro de 1970, passou ao estado de desarmamento, tendo sido abatida ao efetivo dos navios da Armada em 8 de abril de 1971.