Construído no Arsenal do Alfeite, o navio patrulha Rovuma (P 1143) foi aumentado ao efetivo dos navios da Armada em 14 de novembro de 1969. A origem do seu nome está relacionada com a existência de um rio que separa ao Norte, o estado de Moçambique, na altura província portuguesa, da Tanzânia. Foi o quarto de dez navios que constituiriam a classe “Cacine”.
Pensado para a realização de operações de patrulha costeira nas águas territoriais de Portugal e de Angola, o NRP Rovuma partiu a 5 de fevereiro de 1970, para território angolano. Esta comissão foi igualmente marcada pela vigilância e escolta de navios transatlânticos, apoio a pequenas e grandes lanchas de desembarque, transporte de pessoal e material e simultaneamente, missões conjuntas com outros ramos das Forças Armadas.
Em 1975 o NRP Rovuma regressou a Portugal, onde realizou várias comissões na Zona Marítima da Madeira, uma comissão na Zona Marítima dos Açores, cruzeiros ao longo da costa continental e diversos exercícios como “Phibex 77 e 97”, o “Contex 841 / 84”, o “Instrex 96” e o “Lusíada 97”. Destacou-se pela sua presença em ações que envolveram a fiscalização da costa do Continente, a repressão do contrabando, o apoio às populações e operações de busca e salvamento.
Com uma enorme taxa de operacionalidade, mais de 26.000 horas navegadas e para cima de 280.000 milhas náuticas percorridas, o navio patrulha Rovuma foi abatido ao efetivo dos navios da Armada no dia 1 de agosto de 2003.
Na imagem:
- NRP “Rovuma” (1969-1999) a navegar na costa portuguesa. Revista da Armada, janeiro de 2004, pp.22