A 18 de dezembro de 1961 deu-se a invasão dos territórios de Goa, Damão e Diu, por parte de forças da União Indiana, durante a qual se desenrolaram os combates onde intervieram a lancha de fiscalização Vega e o aviso Afonso de Albuquerque. A ação destes navios e das suas guarnições ficaram para sempre ligados àqueles que foram os últimos combates navais da Marinha Portuguesa no Oriente.
Desde a sua independência, em 1947, que a União Indiana reclamava a integração de Goa, Damão e Diu, o Estado Português da Índia, alegando que os mesmos constituíam o prolongamento natural do seu território. No entanto, esta posição foi rebatida por Portugal, uma vez que considerava aqueles territórios possuidores de identidade cultural, social e religiosa própria, afirmando os seus direitos e soberania sobre os mesmos.
As posições irredutíveis por parte dos dois países quanto à soberania sobre estes territórios, cedo afastaram a possibilidade de resolução pacífica para o conflito, ainda que o caso tivesse sido objeto de apreciação pelo Tribunal Internacional de Justiça. Registou-se assim o aumento da tensão política e militar nos territórios portugueses, os quais, mantendo-se sob soberania portuguesa, constituíram uma ameaça à coesão e integridade da União Indiana e ao seu projeto de uma grande Índia, una e indivisível.
Nas primeiras horas do dia 18 de dezembro de 1961, um enorme dispositivo militar indiano, com meios navais, terrestres e aéreos, iniciou a invasão simultânea dos territórios de Goa, Damão e Diu, ditando assim o fim, após 426 anos, da presença Portuguesa no subcontinente indiano.