De vez em quando o nosso céu é iluminado por uma grande mancha difusa e brilhante que parece mover-se entre as estrelas. Essa mancha quase esférica a que chamamos coma ou auréola tem normalmente um diâmetro de milhares de quilómetros. Da auréola podem sair duas grandes caudas em sentido oposto ao do Sol, que se estendem no céu por milhões de quilómetros. Uma das caudas é retilínea e de cor ligeiramente azulada. A outra é curvada e pode apresentar tons brancos ou amarelados.
Sabemos hoje que os cometas são pequenos corpos celestes que, quando estão longe do Sol, têm diâmetros da ordem dos 10 km. São formados, sobretudo, por uma mistura de gelos e poeiras. A aproximação da zona central mais quente do sistema solar evidencia o carácter ativo que os cometas apresentam: os gelos começam a passar diretamente do estado sólido ao estado gasoso. O que os torna tão interessantes são as interações a que estão sujeitos. Interagem com a radiação e vento solar e gravitacionalmente com o Sol e planetas.
Passando a maior parte do tempo longe do Sol, os cometas evoluíram pouco e, por isso, contêm informação sobre o que foi a nebulosa inicial que formou o Sistema Solar há 4.6 mil milhões de anos.
Crédito da imagem: NASA/bill Imgalls