Sabemos da existência de Marte desde tempos imemoriais. É um dos cinco planetas visíveis a olho nu e a tonalidade alaranjada que sobressai deve-se à existência de oxido de ferro na sua superfície. Planeta rochoso como a Terra, é o segundo mais pequeno do sistema solar e o quarto mais próximo do Sol. Pela relativa proximidade e pelas condições ambientais é possível com a tecnologia atual enviar naves a Marte.
Já foram enviadas diversas missões não tripuladas. A primeira foi a Mariner 4 da NASA, que sobrevoou Marte em 1965.
A missão soviética Marte 3, de 1971, incluiu uma aterragem sem sucesso.
À Viking 1, coube em 1976, o primeiro pouso bem-sucedido na superfície do planeta.
Em 1997, a missão Mars Pathfinder libertou o Rover Sojourner, o primeiro veículo robótico a operar em Marte.
Da Europa, a Mars Express atinge a sua órbita em 2003, para estudar a atmosfera e a superfície.
Em 2004, aterram os Rovers da NASA, Spirit e Opportunity e em 2012 pousou também o Curiosity para estudar o clima e a geologia do planeta.
Em 2014, a IRSO indiana torna-se a quarta agência espacial a colocar uma missão em órbita e já em fevereiro deste ano, foi a vez dos Emiratos Árabes Unidos e da China colocarem com sucesso, na atmosfera, missões de exploração. A 18 de fevereiro pousou o Rover Perseverance e o helicóptero Ingenuity, que irá realizar em março o primeiro voo noutro planeta do sistema solar.
Avizinham-se tempos muito interessantes para a exploração humana do planeta vermelho!
O texto enquadra-se na missão cultural da Marinha Portuguesa, de disponibilizar ao público, conteúdos de divulgação de astronomia.
Vasco Teixeira
Astrónomo, Planetário Calouste Gulbenkian.
Imagem:
NASA - https://mars.nasa.gov/mars2020/multimedia/images/