Prevê-se, finalmente para outubro deste ano, o lançamento para o espaço do Telescópio Espacial James Webb.
Irá descrever uma órbita em torno do Sol no ponto de Lagrange L2, quatro vezes mais distante que a Lua, numa região gravitacionalmente estável.
O instrumento irá complementar e melhorar as observações do Telescópio Espacial Hubble, realizando imagens no infravermelho, com um poder de resolução 100x maior.
O espelho principal, com 6.5 metros de diâmetro, é formado por 18 segmentos que funcionam em conjunto, conferindo uma sensibilidade melhorada, que permitirá realizar as melhores observações de sempre do céu profundo, ficando mais próximos da compreensão do início dos tempos.
O James Webb irá procurar as primeiras estrelas e as primeiras galáxias que se formaram há 13.5 mil milhões de anos, logo a seguir ao Big Bang e perceber como se formaram. Irá olhar para dentro de nuvens escuras de poeira onde hoje se estão a formar estrelas e sistemas planetários.
Com a possibilidade de descobrir, observar e estudar, ainda melhor, os exo-planetas e as suas atmosferas abrir-se-ão novos caminhos para procurar vida extraterrestre e tentar compreender como apareceu a vida.
Aproximam-se tempos interessantes para desvendar grandes questões, que acompanham o ser humano desde tempos imemoriais!
O texto enquadra-se na missão cultural da Marinha Portuguesa, de disponibilizar ao público, conteúdos de divulgação de astronomia.
Vasco Teixeira
Astrónomo, Planetário Calouste Gulbenkian