Este amplo pavilhão foi construído propositadamente para albergar a coleção de galeotas reais. Mas, para além destas magníficas embarcações, que exibem todo o seu esplendor, podemos também ficar a conhecer muitos outros aspetos das mais variadas relações que os portugueses mantêm com o mar.
Após a entrada podemos observar, à nossa direita, o imponente iate real «Sírius». Pela frente, encontramos seis magníficas galeotas (cinco das quais construídas ainda no século XVIII, como é o caso da Saveira Dourada), embarcações a remos ricamente decoradas, utilizadas por membros da família real e altos dignitários em passeios no rio Tejo. A mais imponente de todas é o bergantim real, construído em 1780.
Aqui encontramos igualmente vários exemplares de embarcações tradicionais, de entre os quais salientamos o valboeiro, utilizado no rio Douro, a netinha, embarcação típica da Nazaré, o moliceiro de Aveiro, a baleeira, protagonista dessa multissecular modalidade da caça à baleia praticada nos Açores e ainda o pequeno dóri, utilizado na pesca do bacalhau.
No final do Pavilhão encontram-se ainda três magníficos hidroaviões, utilizados pela Aviação Naval Portuguesa. O "Shreck" FBA de 1917, um dos dois primeiros que chegaram a Portugal em plena Primeira Guerra Mundial; o Grumman Widgeon, um dos últimos, que foi utilizado até 1952, ano da criação da Força Aérea Portuguesa e consequente extinção da Aviação Naval e o famoso "Santa Cruz", que concluiu a primeira travessia aérea do Atlântico Sul em 1922, realizada pelos oficiais da Marinha Portuguesa, Almirante Gago Coutinho e Comandante Sacadura Cabral.